Falecimento ocorrido dia 7 de agosto, do
radialista Antônio Carlos Alves, narrador de futebol dos anos 60, nas emissoras
de rádio de Pelotas. Estava com 75 anos. Foi mais uma vítima do maldito
cigarro. Nunca deixou o vício que o acompanhava desde a infância. Fumou até a
hora de morrer.
Era dono de uma das mais bonitas vozes da história do rádio pelotense. Eu e o Antônio Carlos formamos uma dupla de narradores na Rádio Tupancy, que certamente ficou na história. Dois estilos diferentes, mas duas narrações vibrantes. Perdi as contas dos jogos que transmitimos, dentro e fora de Pelotas.
Também estivemos juntos em memoráveis transmissões de Carnavais de rua, numa época considerada romântica, em que se colocavam barracas que vendiam lanches e bebidas, ao longo da Praça Coronel Pedro Osório e o desfile das entidades se perdia XV de Novembro afora. E quantas intermináveis noitadas regadas a geladissimas cervejas. Antônio Carlos também trabalhou na Rádio Cultura, onde começou a carreira e ainda na Rádio Pelotense.
Depois que fui embora de Pelotas, nunca mais tive notícias dele, até que o milagre da Internet proporcionou um reencontro, embora de maneira virtual. A partir daí trocamos mensagens e fiquei sabendo de alguns detalhes da sua vida. Devido a um estado depressivo não tratado (ele não aceitava ajuda), ficou paraplégico há cerca de 20 anos e em constante tratamento com especialista.
Durante esse tempo, Antônio Carlos teve um anjo ao seu lado, cuidando dele com enorme carinho, em todos os momentos, a esposa Cleris de Alves, de quem estava junto há 39 anos. Foi ela quem me contou como foram os derradeiros momentos de vida do agora saudoso amigo.
Deixou a esposa Cleris, os filhos Jorge, que trabalha na Rádio Universidade e Glaucius, que reside em Foz do Iguaçu (PR), ambos do primeiro casamento, quatro netos - Dario Fontana, Juninho Alves, Léo Alves,Ariane e o fiel cãozinho Pinduca. Antônio Carlos, além da família, teve dois grandes amores na vida, o rádio que nunca esqueceu e o E.C. Pelotas, seu time de coração. Faço esse comentário para lembrar um dos grandes radialistas de Pelotas em todas as épocas, que morreu praticamente no esquecimento.
Da geração dele, poucos ainda se encontram entre nós. Os mais novos possivelmente nunca ouviram falar dele e nem de tantos outros nomes da imprensa pelotense, não só esportiva. Lamentavelmente não temos o cuidado de preservar a história.
Certamente, lá no outro lado, Antônio Carlos Alves já se encontrou com nomes famosos da radiofonia pelotense que se foram há mais tempo, como Deogar Soares, Paulo Ribeiro, Phidias Gallo, Romeu Machado dos Santos, Armando Leite Goulart, Paulo Corrêa, Izabelino Tavares (meu irmão), Petrucci Filho, Eliseu de Mello Alves, Honório Sinott, Marcos Resende, Dinei Avelar e tantos outros, que a memória já prejudicada pelos 71 anos de vida, não permite lembrar. (Texto: Nilo Dias)
Era dono de uma das mais bonitas vozes da história do rádio pelotense. Eu e o Antônio Carlos formamos uma dupla de narradores na Rádio Tupancy, que certamente ficou na história. Dois estilos diferentes, mas duas narrações vibrantes. Perdi as contas dos jogos que transmitimos, dentro e fora de Pelotas.
Também estivemos juntos em memoráveis transmissões de Carnavais de rua, numa época considerada romântica, em que se colocavam barracas que vendiam lanches e bebidas, ao longo da Praça Coronel Pedro Osório e o desfile das entidades se perdia XV de Novembro afora. E quantas intermináveis noitadas regadas a geladissimas cervejas. Antônio Carlos também trabalhou na Rádio Cultura, onde começou a carreira e ainda na Rádio Pelotense.
Depois que fui embora de Pelotas, nunca mais tive notícias dele, até que o milagre da Internet proporcionou um reencontro, embora de maneira virtual. A partir daí trocamos mensagens e fiquei sabendo de alguns detalhes da sua vida. Devido a um estado depressivo não tratado (ele não aceitava ajuda), ficou paraplégico há cerca de 20 anos e em constante tratamento com especialista.
Durante esse tempo, Antônio Carlos teve um anjo ao seu lado, cuidando dele com enorme carinho, em todos os momentos, a esposa Cleris de Alves, de quem estava junto há 39 anos. Foi ela quem me contou como foram os derradeiros momentos de vida do agora saudoso amigo.
Deixou a esposa Cleris, os filhos Jorge, que trabalha na Rádio Universidade e Glaucius, que reside em Foz do Iguaçu (PR), ambos do primeiro casamento, quatro netos - Dario Fontana, Juninho Alves, Léo Alves,Ariane e o fiel cãozinho Pinduca. Antônio Carlos, além da família, teve dois grandes amores na vida, o rádio que nunca esqueceu e o E.C. Pelotas, seu time de coração. Faço esse comentário para lembrar um dos grandes radialistas de Pelotas em todas as épocas, que morreu praticamente no esquecimento.
Da geração dele, poucos ainda se encontram entre nós. Os mais novos possivelmente nunca ouviram falar dele e nem de tantos outros nomes da imprensa pelotense, não só esportiva. Lamentavelmente não temos o cuidado de preservar a história.
Certamente, lá no outro lado, Antônio Carlos Alves já se encontrou com nomes famosos da radiofonia pelotense que se foram há mais tempo, como Deogar Soares, Paulo Ribeiro, Phidias Gallo, Romeu Machado dos Santos, Armando Leite Goulart, Paulo Corrêa, Izabelino Tavares (meu irmão), Petrucci Filho, Eliseu de Mello Alves, Honório Sinott, Marcos Resende, Dinei Avelar e tantos outros, que a memória já prejudicada pelos 71 anos de vida, não permite lembrar. (Texto: Nilo Dias)